DANIEL CRUZ FILHO
CRUZ FILHO, Daniel. Atelier de Poesia: poesías. Ilustração da capa: Carlinhos Lopes. Apresentação por Hélio Pólvora. Salvador, Bahia: Mythos Editora, 1995. 92 p. ISBN 85-7172-024-1 No. 11 009
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda, doação do amigo (livreiro) Brito – DF.
SOLITATE
Quando o mar azula em céu a minha terra
contemplo a ilha que me faz soledade.
Singra um barco à vela por trás da serra
e o marujo a sós, sós, veleja a saudade.
Agora você a milhas, milhas miragem
de tênues silhuetas é solitude.
Solitude, solitudine, viagem
de milhas e milhas a você: virtude.
pureza do amor em solidão a dois.
Foto: Ilha da Boipeba, Bahia
MAR, ILHA AMAR
palmilhando a ilha de Boipeba
fez-se Paraíso a nua natureza
tornei-me Adão, você a minha Eva
palmilhando a ilha de Boipeba
descortinou-se aos nossos olhos beleza
aquela beleza mais que bela
palmilhando a ilha de Boipeba
o som suave sonoro de ondas
embalava a marinha paisagem
palmilhando a ilha de Boipeba
— na enseada o solitário barco à vela —
não sabíamos ser viagem ou miragem...
palmilhando a ilha de Boipeba
sagaz serpente devorou-nos a maçã
e sobre a praia entre búzios e artrópodes
amamos no deserto da esplêndida manhã.
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CRUZ FILHO, Daniel. Atelier de Poesia: poesías. Ilustração da capa: Carlinhos Lopes. Apresentação por Hélio Pólvora. Salvador, Bahia: Mythos Editora, 1995. 92 p. ISBN 85-7172-024-1 No. 11 009
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda, doação do amigo (livreiro) Brito – DF.
SOLITATE
Quando o mar azula em céu a minha terra
contemplo a ilha que me faz soledade.
Singra um barco à vela por trás da serra
e o marujo a sós, sós, veleja a saudade.
Agora você a milhas, milhas miragem
de tênues silhuetas é solitude.
Solitude, solitudine, viagem
de milhas e milhas a você: virtude.
pureza do amor em solidão a dois.
MAR, ILHA AMAR
palmilhando a ilha de Boipeba
fez-se Paraíso a nua natureza
tornei-me Adão, você a minha Eva
palmilhando a ilha de Boipeba
descortinou-se aos nossos olhos beleza
aquela beleza mais que bela
palmilhando a ilha de Boipeba
o som suave sonoro de ondas
embalava a marinha paisagem
palmilhando a ilha de Boipeba
— na enseada o solitário barco à vela —
não sabíamos ser viagem ou miragem...
palmilhando a ilha de Boipeba
sagaz serpente devorou-nos a maçã
e sobre a praia entre búzios e artrópodes
amamos no deserto da esplêndida manhã.
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Página publicada em outubro de 2024
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